domingo, 28 de agosto de 2011

Soneto de ansiedade




As flores no caminho tornaram-se murchas
Escarafunchei meus sonhos, encontrei-os todos mortos
Todas as minhas verdades, elas estavam frouxas
Entortaram-se os meus caminhos e encontrei afiados espinhos.
 
No labor dos dias, já não vejo a luz que busquei
Entre minhas vaidades, o reconhecimento que almejei
O que vejo é tudo ruir
E a minha vontade é partir.
 
É loucura querer parar e ficar aqui?
A estabilidade em alguma coisa é minha vontade e desejo 
Mas parece que não é meu destino o que com tanto fervor almejo.
 
Por hora esta ansiedade me consome
E em tudo vejo desesperança e  fastio
Ah, vaidade, teimosa em querer.

Ana Paula Duarte.

3 comentários:

À PÉ ATÉ ENCONTRAR disse...

Tanto os meus fracassos quanto as minhas vitórias duraram pouco. Não há nenhuma vitória profissional ou amorosa que garanta que a vida finalmente se arranjou e nenhuma derrota que seja a condenação final. As vitórias se desfazem como castelos atingidos pelas ondas, e as derrotas se transformam em momentos que prenunciam um começo novo. Enquanto a morte não nos tocar, pois só ela é definitiva, a sabedoria nos diz que vivemos sempre à mercê do imprevisível dos acidentes. Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
(Rubem Alves)

SILVIA TREVISANI disse...

Adorei seu blog. Conheça o meu. Meu trabalho é voltado para as crianças.

http://escritorasilviatrevisani.blogspot.com/

Adote um Amigo. disse...

Oi, Ana. Você não me conhece mas achei o seu blog lindo. A internet está me ajudando muito nestes ultimos meses. Estou pensando em montar um blog de poesias e poemas. Bjs Eduardo Araújo