Grandes foram após esta, as investidas femininas na literatura, sejam por questões sociais, de funções dentro de casa, tudo para que sua emancipação ocorresse. Já no século XX, o que era até então de uma dimensão menor e menos ousada se torna de fato luta e os movimentos feministas aumentam significativamente. Aí cresce o feminismo burguês, ou seja, o feminismo daquelas mulheres que possuíam condições financeiras e portanto, acesso às informações e ao conhecimento impulsionam passeatas, publicações de livros e periódicos que tratam de algo até então considerado tabu- a sexualidade feminina- destacando-se em 1992 a obra de Ercília Nogueira Cobra(1891-1938), em seu primeiro e polêmico livro intitulado Virgindade inútil – novela de uma revoltada, publicado em meio ao burburinho da Semana de Arte Moderna , tendo ainda mais tarde publicados outros livros sobre a sexualidade da mulher.
Gostaria de destacar ainda uma outra grande escritora, a minha favorita, Clarice Lispector, que em seus inocentes 17 anos de idade publica o romance Perto do Coração Selvagem em 1944, e causa um verdadeiro frisson no círculo literário da época. E é Antônio Cândido, famoso crítico literário chegou a afirmar que aquela mocinha era tão boa na escrita que parecia um homem escrevendo. Machismo nessa fala? Muito! Porém, Clarice Lispector adorou a expressão, pois ela foi uma feminista implícita na literatura brasileira.
Chegando nos anos 70, a liberação sexual, a criação da pílula anti-concepcional e o movimento feminista no seu auge, as mulheres assumem também o seu lugar no mercado de trabalho e na política. Com isso, o espaço literário das mulheres aumenta, os movimentos e articulações feministas começam a publicar artigos científicos sobre as mulheres e suas causas, se organizam melhor, criando núcleos que discutem gênero em diversas faculdades do país. Já nos anos 90, as mulheres esncontram-se encaixadas e vitais para o mercado de trabalho, inseridas na política, na literatura, e assumem seu papel frente a família, onde o feminismo se apresenta numa fase mais madura e organizada. Na literatura cada dia aumenta o número de poetisas e escritoras que embelezam a escrita, a mulher já se faz presente até mesmo na Academia Brasileira de Letras, espaço que durante muito tempo abrigava apenas literatas do sexo masculino.
Abraço a todos,
Ana Paula Duarte.
2 comentários:
este texto é bastante rico e esta iniciativa é bastante válida. parabéns Ana, por mais uma grande idéia. abraço e sucesso.
Hola chiquitica, que tal?
Me gustó tu espacio y volveré!
Besitos!
Paz y Luz!
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