domingo, 29 de maio de 2011

Versos caóticos, versos meus

Farta estou do lirismo comedido,
Do medo e do transe gélido
Quero o exacerbado!
Quero o equivalente as gotas do meu sangue Aníssima.
Acho que ando com anemia...
Ou devo mesmo ter sido comprada pelo sistema e vendida a prestações para a vida rotineira dos normais...
Onde andará perdida a minha caosmose natural?
Hoje acordei e vi que meu Flamboyant estava sem água,
Ninguém lembrou de regá-lo...
Ele não morreu, eu mesma corri e fiz o serviço.
Ando sendo tão só ultimamente,
Escolha minha!
Mas...eu vi
Aquelas infinidades de TUDOS que dantes anciava
Estão todos verdes, escondidos em sua copa.
Seus frutos ainda são vermelhos, 
Como o sangue,
Como a vida.

Pintura de Munch - Vampira- 

Ana Paula Duarte.